Você sabe como surgiu a Bolsa de Valores e sua primeira bolha financeira?
- Vogel
- 26 de abr. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de abr. de 2022
Tulipas holandesas: a primeira bolha financeira
As primeiras Bolsas de Valores surgiram entre os séculos XV e XVII, as funções basicamente se resumiam à compra e venda de moedas, letras de câmbio e metais preciosos. Nessa mesma época, deixou-se de realizar comércio de papéis nas ruas e fez-se uma sede própria. A propriedade da família Van der Burse, em Bruges (Bélgica), serviu como base onde um conjunto de pessoas influentes, como mercadores, armadores e agentes de câmbio se reuniam periodicamente para fazer operações financeiras entre si. A influência dessa família nobre cujo brasão de armas eram três bolsas, deu origem ao nome “BOLSA”, hoje conhecida como Bolsa de Valores.
A Bolsa de Valores de Amsterdam tem origem no século XVII, com o crescimento formal das companhias nos mercados de valores.

A Bolha das Tulipas
Com o sucesso da Bolsa de Valores de Amsterdam, junto a ela, vieram eventos calamitosos, tal

como: a famosa bolha das tulipas, tornando-se um marco histórico.
Uma bolha financeira, nada mais é do que a supervalorização de um ou vários ativos. Dessa forma, eles passam a valer muito mais do que deveriam valer em situações normais, esse caso, os ativos foram as tulipas.
O estouro da Bolha das Tulipas

Em 1593, o botânico Carolus Clusius levou para a Holanda alguns bulbos de tulipa após retornar de uma viagem a Constantinopla. Como eram raras, as tulipas começaram a chamar atenção e despertaram o interesse dos ladrões que passaram a roubar e comercializar os bulbos das tulipas. Essa novidade tornou-se bastante procurada, principalmente pelos ricos holandeses. Com o crescente interesse pelas tulipas, os preços foram subindo desenfreadamente e as tulipas ganharam fama, ao serem vistas como símbolo de riqueza e status. Chegou um ponto onde as pessoas trocavam bens valiosos, como imóveis e terras por bulbos de tulipas.

O problema, era que as tulipas levavam anos desde o plantio até começarem a florescer. Para não deixarem de negociar as vendas durante todo o ano, os holandeses começaram a negociar contratos de tulipas. Esses contratos eram parecidos com os contratos hoje negociados nas Bolsas de Valores, conhecidos como contratos futuros. E foi por meio desses contratos de tulipas, que surgiu o primeiro mercado de derivativos do mundo.
Como terminou
Entre 1636 e 1637, um comprador de Haarlem (Holanda), não conseguiu honrar seu contrato de compra de tulipas. Daí em diante, um pânico generalizado se formou, pessoas começaram a ficar desesperadas para se desfazer dos seus investimentos e garantir seus lucros. Como resultado, os preços despencaram e as pessoas começaram a ter prejuízos.
Os investidores que trocaram bens por bulbos de tulipas, ficaram com uma planta sem valor para o mercado. Muitas pessoas deixaram de honrar os contratos, o que levou muitos vendedores à ruína.
Com o intuito de evitar o pânico generalizado, o governo holandês tentou frear a crise, propôs arcar com 10% do valor dos contratos emitidos, mas tal iniciativa causou ainda mais queda no mercado. A bolha das tulipas resultou em uma crise econômica para Holanda, que levou anos para se recuperar. Embora tenha sido a primeira bolha financeira de que se tem notícias na história, ela não foi a última e certamente não será. Escrito por Alessandra Kricheldorf.
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